domingo, 13 de outubro de 2013

13 de Outubro

Hello Pretty´s
Começa então neste post o que me passa pela cabeça (e que me faz passar da cabeça).
13 de Outubro é um dia especial para mim. Não, não é por causa da data em que se assinala uma das aparições de Fátima, mas sim porque uma das duas mulheres com que mais me identifico nesta vida faz anos, a outra é a minha mãe.
Mas o que vou escrever é mesmo sobre Fátima e o que se vive por estes dias. Esta matéria dá pano para mangas, mas vou tentar ser sucinta.
Fazendo eu, quase todos os dias a nacional Coimbra-Leiria deparo-me por estes dias com a devoção de centenas, milhares de pessoas que vejo por esta estrada fora. Alguns bem assinalados e a caminhar no sentido certo, outros nem por isso, sujeitando-se ao que sabemos. Claro que a culpa é sempre do condutor, porque vai em excesso de velocidade, e não o peregrino que não vai sinalizado ou até vai na brincadeira com o do lado, (porque não há filas indianas para estas pessoas) ou até pessoas distraidas que podiam ir mais na beirinha da estrada e decidem que não..porque não!
Continuando com a devoção que leva estas pessoas a percorrerem kilometros, faça chuva, faça sol, com bolhas nos pés, com calor e mais, devoção essa que vou olhando meia distraida, meia atenta e a pensar porquê!
Por estes dias, numa das minhas folgas e nas férias da minha mãe decidi ir com ela a Fátima, de carro, porque eu não sou doida. Uma vez que era um desejo dela, acedi e claro que sim..porque sim!
Fui numa 5ºfeira, um dia banal, sem muita gente porque eu cá não me apetece enfrentar multidões a rezar o pai nosso com tanto fervor! Quando lá cheguei (nunca lá tinha estado) a primeira coisa que pensei foi que nunca faria o caminho de minha casa a Fátima, a pé. Tudo aquilo que falam de Fátima, toda a admiração e emoção que a maior parte das pessoas transmite quando fala daquela terra não me disse nada. Note-se que sou uma pessoa católica, não praticante é certo, mas com a minha fé, nem sempre bem definida mas acreditando a maior parte das vezes. Não me condenem pela minha forma de pensar porque eu também não condeno ninguem pela fé que têem ou pela forma como a demostram. Mas caramba, que exagero especialmente porque quando se olha a volta, só se vê ostentação. Para mim todo aquele lugar tresanda ao cheiro do dinheiro longe do tempo em que Fátima se resumia no inicio do Século XX a uma pequena azinheira onde N. Sra de Fátima apareceu aos pastorinhos (dizem). Quase um século depois dessas aparições, Fátima resume-se a um lugar de comércio. Fora do santuário todos fazem dinheiro a custa da fé, e dentro do santuário tudo foi feito à custa da fé. Longe também já vai a unica igreja do Santuário, agora são duas, a ultima construida com uma arquitectura que em nada me faz lembrar a igreija, mas isso são outros quinhentos.
Ao dar uma volta pelo santuário, que me fez doer os pés, reparei em pessoas a rezar, em pessoas de joelhos e principalmente num homem, com uma menina ao colo a fazer um percurso de joelhos. Pensei cá por dentro, deve ser bem forte o que leva este homem a praticar tal acto e também pensei que se alguma vez por algum motivo forte pensaria no mesmo, o faria também? Não sei, talvez não. Não me parece que rezar de joelhos a volta de uma imagem vá mudar alguma coisa que de mau nos aconteça e no entanto num momento de desespero profundo, quem sabe? Mas continuo a achar que não o faria.
A instituição igreja, e tudo o que foi montado a volta dela ao longo dos séculos só me faz repudiar ainda mais aquilo que por lá vi. Pensar que tudo o que por lá foi construido se deve a devoção monetária de pessoas em aflição e outras que não deixa-me doente. Então o que é feito daquilo que se conhece da história de Jesus? Da simplicidade da vida dele que em nada se retrata naquele santuário? Até para visitar um museu, onde estão as ofertas que pessoas fizeram a N.Sra de Fátima tinha de pagar um euro!! Acham normal? Eu não! E vim embora sem visitar o tal museu.
A minha mãe diz que sentiu paz interior ao visitar o santuário, eu digo que é impressão porque não ouvia barulho! Aliás, há por lá umas placas a dizer para nos mantermos silenciosos.
Enfim, não voltarei tão depressa. Quando precisar de paz de espirito vou ali a igeja Rainha Santa que é bem bonita e mais perto de mim. Sento-me lá um bocadinho e falo com quem tenho de falar. Não lhe dou nada (à santinha) porque ela também não me pede nada e assim procuro o que me faz sentir bem, porque quero e não porque é tradição que começou quando ainda nada era como hoje, onde ainda a informação não chegava com a facilidade de hoje. Acredito que com o tempo algumas coisas mudem e principalmente com a ajuda deste Papa de nome Franscisco. Este sim, fez-me voltar de novo a igreja. Há muito que andavamos de costas voltadas.
E é isto Pretty´s, confissões interiores de uma inconfomada com algumas coisas que passam por mim e que até dou conta!
E vocês conhecem Fátima, o que acham?

Beijinhooooo**

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